quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Islantilla (A Cruzada)

A Cruzada
26 Jul. - 31 Jul. 08

Soldados, guerreiros, da nossa terra, juntai a vossa espada à minha e combatamos pela liberdade da nossa Pátria. Algo parecido a isto deve ter sido dito na mítica batalha de 1385, que opôs cerca de 7000 portugueses a 31000 castelhanos. Desta vez, sem a padeira a ajudar, a luta que opunha portugueses e espanhóis 7 séculos depois era outra, a do bom gosto. Reaggatons e xunnings, Anas Malhoas, a torto e a direito, pela bardajice, claro está, pois formas tinham elas muitas e em demasia, mais pareciam o boneco da Michellin, o Bidendum. A solução seria alhearmo-nos deste universo, criando o nosso, ou dar luta. Muitas vezes se ouviu um expressivo Calla-te foca! ou, à semelhança do rei espanhol, um Porque non te callas?.

O diário de guerra, consistia no seguinte: solarengo pequeno almoço, com cereais ou torradas, na varanda do nosso castelo; ida à praia: depois de descobrir um canto para nos deitarmos lá impusemos a nossa guerreira presença com um jogo de vólei ou com raquetes de praia; na hora de maior calor era necessário recarregar baterias, mas sem abusar, porque adivinhava-se um regresso à praia ou uma ida à piscina. Os almoços das tropas, a ração de combate, consistiam no seguinte: salada, ovos mexidos, cozidos ou estrelados, salsichas, tostas, baguetes, patê de atum, etc.





Bem preparados para a luta que se avizinhava, regressávamos à praia pela tardinha, onde ocupávamos o nosso tempo: a ler, a dormir, a jogar vólei ou raquetes (outra vez), a fazer lançamentos com a bola de rugby, a dar uns toques de maneira a descobrir o Cristiano Ronaldo que existe em cada um de nós, fazer umas corridinhas pela praia, ...No meio deste não fazer nada, até se fez qualquer coisinha, dependendo do ponto de vista.

Já chega de praia! Está na hora do regresso ao castelo e, sem esperar por mais, dar um mergulho na piscina, claro está, o calor ainda aperta e a visão de estar estendido numa espreguiçadeira é, de facto, uma certeza a vir a ser realizada. Bombas, mergulhos acrobáticos, amonas, piadas e risadas. Nos dias menos intensos ainda sobraram forças para um joguinho de Paddle, modalidade parecida ao ténis em que as paredes também jogam.

Já eram 10 da noite, hora local, quando começávamos a jantar. Depois do banho, seguiam-se uns aperitivos, marisco, há quem lhe chame, tremoços de seu nome. Regados a imperiais e a um, ou mais, Martinis Rosso, eram um tónico e um refresco especial às quentes noites que se punham. À refeição elaboraram-se as mais requintadas e exóticas iguarias, refeições de combate para saciar os exigentes estômagos, tais como: costeletas com massa e molho de tomate, hamburguers e arroz de tomate, bifes, do lombo, do lombo, burritos, tacos, carne picada, etc. Se a necessidade assim o impunha, e impôs-se, lá seguimos rumo a uma refeição variada, pizzas, podia ser.

De volta a casa e depois de um geladinho, chocolatE, fresa e vanilla, nada como acabar o dia a ver um filme. Amanhã chegariam mais reforços para o combate.

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