Não será de todo incorrecto afirmar que os nossos dias aqui no Vimieiro se iniciam sempre com um pequeno almoço de lorde. A Inês tem-se revelado uma cozinheira muito esmerada, quer com a elaboração da primeira refeição, quer com a do jantar (já vamos lá). Ovos mexidos com bacon ou salsichas acompanhadas por fatias de pão alentejano barradas com manteiga ou doce de morango caseiro (feito numa casa muito grande, por muitas pessoas) são alguns dos constituintes deste manjar de luxo.
Como era o último dia da Lena e do Bruno cá em casa e como tinhamos de os levar a Évora para apanhar o autocarro para Lisboa, decidimos passar o dia fora a fazer um passeio turístico por esta cidade branca como uma ermida. Como dizia Vergílio Ferreira: “Convergem para ela os caminhos da planície como o resto da esperança dos homens. E como a ermida, quem a habita é o silêncio dos séculos do descampado em redor. Conheço, dos seus espectros, a vertigem das eras, a noite medieva ainda nas ruas que se escondem pelos cantos, nas pedras cor do tempo ouço um atropelo de vozes seculares”. A caminho de Évora então (mas primeiro jogou-se um Buzz Mega Quizz).
Depois de deixar o Vimieiro atravessámos a planície árida do Alentejo a caminho do nosso destino. Avistámos o Aqueduto de Prata junto à muralha mas, antes de entrar, tivémos de dar três voltas à rotunda da demência (o Irmão Guerra tava a curtir bué as voltinhas). Primeira paragem turística: a Igreja de São Francisco para ver a Capela dos Ossos.

Foi aqui que fizémos umas belas figuras (o dia é longo e a noite promete) e tirámos muitas fotografias.




Ao terminar a jornada, parámos para comer uns caracóis ao som dos tragos refrescantes de uma imperial bem tirada (e algumas coca-colas) enquanto que os Irmãos Guido, Guerra e Nuno foram às compras à Pull & Bear de Évora. Após o término deste excelente repasto, deixámos a Lena e o Bruno no terminal de autocarros e partimos em direcção ao mercado abastecedor da nossa casinha: o Modelo.
Como estamos de férias e não há horários a cumprir, os nossos jantares iniciam-se cada vez mais tarde. À hora de ir dormir estavámos a começar a comer uns bifinhos com cogumelos feitos pela mãe Inês e para terminar tivémos um bolão de chocolatão muito bom, feito pela Aninha. Suspeita-se que algo estava de errado no molho dos bifinhos ou com arroz, pois coisas muito estranhas se passaram durante este jantar. Foi eleito símbolo da irmandade uma espátula de cozinha: um adereço de autoridade impressionante (a juntar àquela vozinha grave bastante teatral).
Iniciámos o serão com o Singstar e as equipas eram as seguintes: a equipa dos rouxinóis constituída por Matos, Pi, Guido e Inês (a elevar o nível musical da equipa) e a equipa dos quase-cantores Inokas, Aninha, Guerra e the-voice-quase-bee-gee Xavi. Com o avançar da noite já lá iam muitos BLC e caipiroscas pois era noite de bar aberto para elas, mas atenção!!!, podia-se acabar o gelo. Sr-parte-gelo Varatojo esteve sempre com um pé no karaoke e outro na cozinha a controlar ali o frigorífico. Ouviram-se clássicos dos anos 80, Bonnie Tyler e George Michael, e os mais recentes LeeAnn Rimes e Scissor Sisters. Do abuso!
No entanto, ponto alto da noite foi quando o quarteto fantástico se reuniu de microfone na mão e, segundo a Aninha, assassinou a música “You Give Me Something” do James Morrison. Ouvindo as súplicas para parar, ganhámos novo alento e desafinámos ainda mais! Foi um espectáculo!
Tivémos quase quase a terminar a noite na piscina mas tava um bocadinho fresquinho. O dia estava já a nascer e decidimos ir para a cama. Amanhã teríamos um novo dia pela frente.
Irmão Xavi
Sem comentários:
Enviar um comentário