domingo, 30 de dezembro de 2007

Passagem de Ano 2007: Os Preliminares

Preliminares é o que antecede o assunto principal, é o começo, o preparatório, o prólogo, bem... o que se quiser. Mas, suas mentes badalhocas, não é desses que aqui falamos. Tratam-se, portanto, dos preparativos para a grande festa da passagem de ano.

Este ano a festarola vai ser passada na casa da doutora Irmã Boobs-Kuduro, na Meia Via, e há que realizar uma lista das compras a fazer. Primeiro ponto: de que precisam 10 marmanjos desejosos de regabofe e prontos para o deboche?

Segundo ponto: a comidinha. Prevêem-se uns óptimos panados da mãe da Irmã Caipiroska, Tagliatelle ai funghi por parte do Irmão Feijão-Mestre, picanha por parte do Irmão Iceman/Fósforo-Mestre e nenhuma tentativa de envenenamento.

Terceiro ponto: a festa. Vão ser três ou quatro dias de SingStar, PES e Buzz; música de ipods e óperas; concluindo, de boa vidinha, na presença dos Irmãos. Os outros que se lixem :P

Relembrar a passagem de Ano 2006

Em continuação do post anterior, começa-se aqui hoje o primeiro de um conjunto (espera-se) de posts comemorativos do aniversário da Irmandade. Nada como começar por relembrar os melhores momentos da fantástica passagem de ano há doze meses atrás, passada na casa da Irmã Fi, antes das obras.

Pode-se notar a pinta daqueles 4 cavaleiros da Ordem que pela positiva marcaram a diferença.


Atenção que já aqui se devia falar do Sissi e assim se ficou na foto...


Estão a querer enganar quem? Isso é suminho de maçã.




"Bufunfa, Bufunfa" - gritava ele.


Mais um momento de engasgo cerebral.

A bomba atómica da Aninha.

No final da Noite, alguém iria ser assassinado...


E agora a novidade: os vídeos!


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

A Irmandade

Criado no seio da poderosa Ordem do Espassus, cada aspirante a membro da Irmandade enfrenta um longo e sofrido período de aprendizagem, antes de conseguir tornar-se um Inútil. Cuidado… entrar na Irmandade é cair numa armadilha. Enquanto se luta para sobreviver à rígida indisciplina da Ordem, cada membro tem de perceber que depois de entrar não poderá mais abandonar os seus Irmãos.

A Irmandade é resultado do extraordinário choque civilizacional de dois grupos que não faziam nenhum e que passaram a não fazer nada em conjunto. Embora a Irmandade tenha sido oficialmente formada no Vimieiro, por esta altura se comemora o primeiro ano desde que os seus membros se encontraram.

domingo, 29 de julho de 2007

Vimieiro Dia 8

28/07/07 - O Regresso

Eles adoravam o Vimieiro. Idealizavam-no sem proporção. Para eles, independentemente da estação, este era o seu sítio, que ainda existia a preto e branco e pulsava aos grandes sons de Koop, Nicola Conte e Ivete. Era um sítio pacato sem a lufa-lufa das multidões e do tráfego, local de pessoas simpáticas e pouco apressadas. Eles eram, ao mesmo tempo, uns duros e uns românticos em relação a este sítio. O Vimieiro era deles e para sempre o será.



Irmão Xavi

Vimieiro Dia 7

27/07/07

Este é o último dia na casa. O acordar é tardio e azedo. Ao descer as escadas para o derradeiro pequeno-almoço tem-se uma horrível sensação de abandono. Sentamo-nos à mesa, as palavras são leves, o silêncio é pesado e sentido como ao ver-se o carrasco que se aproxima empunhando um grosseiro machado. Dá voltas ao estômago, embrutece…

Já estamos tão acostumados a esta bela existência que não queremos mais sair daqui. Perdeu-se a noção dos dias, das horas, dos minutos… A contagem decrescente começou, há que aproveitar o dia ao máximo, dar o último mergulho, jogar a última partida de PES, fazer o último jogo de voley e torrar ao sol até ficar frio.


A Willy foi a vítima (mais uma vez) deste dia: experimentámos acrobacias e mergulhos em comprimento para a alcançar. Com as câmeras a registar o momento, tentámos caminhar sobre água, mas com algum auxílio...


Ao jantar, ingerimos esta ceia já com a tristeza de ser a final. Deu para rir e meditar sobre estas curtas férias, vimos as fotos, revimos os vídeos,...


Está na hora de ir dormir, amanhã temos de sair cedo da casa…

Irmão Xavi

sábado, 28 de julho de 2007

Vimieiro Dia 6

26/07/07

Faltam dois dias para irmos embora e regressar à confusão, perdão, regressar à civilização! Perdidos neste deserto do Alentejo, desde que aqui chegámos temos estado a viver num sítio a que todos chamamos de paraíso agrícola. No meio de tanto “não fazer nenhum” arranjámos um tempinho para meditar e alcançar alguma verdade. Os telemóveis pouco tocam e as baterias duram bastante. As pessoas com quem mais falamos estão aqui conosco e tudo o resto nos parece superficial. A azáfama da cidade, o rufar dos carros, o seu jorrar de escape e as outras preocupações parecem, agora, tão mesquinhas. Já surgiu a hipótese de, no dia de partida, fazermos uma barricada à entrada da casa, acorrentarmo-nos à mesa de jantar e entrarmos em greve de fome como sinal de protesto. Mas a ideia não foi avante.

Entretanto vamos ocupando o nosso tempo, como sempre, a realizar actividades tão lúdicas como coçar a barriga ou olhar no vazio, mas tudo com bastante competência e convicção. Uma vez que as Irmãs Joana e Mafalda já cá estão, foi planeada uma festa de boas vindas (há tanto tempo que não fazíamos uma festa!!) para a noite de hoje, isto é, temos a oportunidade de, uma vez mais, adoçar os ouvidos dos nossos interlocutores com a actuação musical de rouxinóis de primeira classe.


Para não variar, acabámos de jantar por volta das duas da manhã e às três, já com a cozinha limpa e arrumada, iniciámos a diversão. Irmãos de um lado, Irmãs de outro, cada um dos grupos pegou no microfone e mostrou o melhor que sabia fazer. O ponto alto das actuações foi quando o Irmão Perdigão da Costa mostrou quem manda, rematou do meio da rua, disse Sim ao golo e calou as hostes adversárias. Golo de honra numa goleada já esperada. Por ser dia de festa vimos, através das vidraças, o nascer do sol e o clarear do dia. Os Irmãos ainda berrávam, com vontade, frente à TV e as Irmãs decidiram ir tomar um banho matinal, com a vigília da vizinha antipática.


Eram 7 e meia da manhã quando nos deitámos, felizes.

Irmão Xavi

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Vimieiro Dia 5

25/07/07

Mais um dia na piscina, mais um dia bem passado. Desta vez ocupámos o nosso escasso tempo livre com a realização de mais uma curta-metragem, um remake muito mau de um filme não menos bom. Dá para ver pela imagem que falamos de “Free Willy” (1993) e, desta maneira, quisémos prestar a nossa devida homenagem a tão grandioso filme de levar toda uma plateia às lágrimas.

Os papéis foram atribuídos por mero acaso a um rol de actores que puseram toda a sua dedicação neste pequeno filme caseiro: o papel de domador de baleias ficou para o Irmão Pi, o de amigo da baleia para o Irmão Xavi e os restantes contribuíram como público muito exigente de um zoomarine com condições que desrespeitavam os direitos dos animais.

A curta pode ser resumida da seguinte forma: a orca Willy, maltratada pelo seu treinador, fica muito nervosa e não consegue realizar os movimentos artísticos que lhe são pedidos. No meio da plateia, um jovem de aparência duvidosa, movido por um acto de compaixão, atira-se para dentro do profundo tanque de cloro para consolar a afável baleia. Se ela não fizesse um dos seus malabarismos humilhantes não teria patê de sardinhas para o jantar. Sentido o apelo de ter um refeição nessa noite, a orca Willy atirou a sua honra para o fundo e, sujeitando-se a umas palmadas no lombo dadas pelo tratador, realizou um salto de elaborada dificuldade. Na cena seguinte, ouvem-se os choros das baleias suas familiares e percebe-se que a orca Willy está muito triste com o cativeiro em que vive. Por não ter muitos amigos, o jovem voluntarioso que se tornou amigo da baleia vai fazer com que esta salte um pontão de incrível extensão e largura para poder fugir para o alto mar. Este é o climáx do filme e também o final.

Podemos concluir que, como experiência, esta curta é bem capaz de um dia ganhar um Razzie. Ficamos à espera.

Após esta desgastante actividade, deliciámo-nos com mais um dia de abrasivo calor alentejano. Fizémos as palermices do costume e, desta vez, os Irmãos Xavi e Guerra foram apanhados numas poses deveras cómicas: o primeiro parecia o Mitch BomCanhão da série Marés Vivas e o segundo um verdadeiro campónio a quem só faltava uma palha na boca.


Durante o dia, ao som da música dos Thievery Corporation, todos ocuparam o seu tempo de maneira diferente. Há quem leia, há quem jogue um PES nas horas de maior calor ou há quem simplesmente fique a torrar ao sol à conversa, portanto, foi mais um dia na piscina, mais um dia bem passado.

À noite, era dia de novo churrasco. O nosso filme inspirou-nos a comprar umas sardinhas e umas douradas para o jantar, tarefa que foi entregue ao Irmão Matos e à Irmã Inês. Juntamente com as sardinhas, vieram as mais recentes aquisições para o nosso grupinho dos Inúteis: directamente de Lisboa, foram bem recebidas e alojadas as Irmãs Mafalda e Joana. A perigosa tarefa de dominar um dos quatro elementos da natureza foi entregue ao Irmão Fósforo-Mestre Varatojo. A acompanhar as sardinhas tivémos batata cozida e salada mista com pimento assado. Foi comer até não poder mais.

Ao serão, enquanto as Irmãs ficaram a divertir-se no SingStar, decidimos ir dar uma volta pelo Vimieiro em busca de um café. Pelo caminho fomos abordados por um saloio rude do campo que, querendo entabular conversa, nos relatou as suas experiências em Lisboa: na cidade de prédios enormes e onde a confusão impera (tinha estado na Cova-da-Moura e em Chelas, o que não é de admirar), tinha saído e divertido-se na discoteca Kadoc. Também tinha o estranho hábito de, enquanto nos guiava pelas ruas desertas do Vimieiro, dizer “virem aqui à esquerda” enquanto virámos sempre à direita.

De volta à casa, terminámos a noite a jogar um calminho jogo do Lobo e um Party&Co. Chegámos à conclusão de que a festa de despedida seria no dia seguinte.


Irmão Xavi

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Vimieiro Dia 4

24/07/07

A música é sempre uma constante no nosso dia-a-dia, desde o pequeno almoço ao jantar não há um momento de silêncio. Parece que a nossa vida aqui no Vimieiro tem banda sonora. Desde as melodias suaves do dance-jazz de St. Germain ao jazz mais clássico de Miles Davis, estamos sempre na companhia de boa música. Para animar, começámos esta nossa quarta jornada com os sons e sotaque brasileiros da Ivete Sangalo. Um começo de dia animado!

Este dia foi todo passado na piscina. As meninas Ines, Inocas e Aninha formaram as três uma estrela, que nem acrobatas de natação sincronizada; andámos a saltar para dentro da piscina na tentativa de domar a brava orca Willy e, pela primeira vez estas férias, iniciámos o exercício de realizar pequenas curtas-metragens: a recriação do dia foi a do filme “Jaws” de Steven Spielberg, com o Guido no papel de tubarão e a Aninha no papel de vítima (estão já previstos o "Free Willy" e outro em que alguém morre, com enredo a definir).

"Introduzi o chapéu à cowboy no meu grupo de amigos"


No entanto, a grande novidade ainda estava para vir: à noite esperava-nos um mega churrasco do qual fazia parte um naco gigantesco de picanha, salsichas e ainda tivémos direito a uma deliciosa farinheira. Ao cargo do lume estava o Irmão Fósforo-Mestre (Guido), na cozinha a Aninha e a Ines cuidavam do arroz e do feijão preto. Enquanto o tempo não passava (e a fome já era negra) cuidámos de alimentar os nossos estômagos com as salsichas dentro de pão. Uma delícia!


Já com a barriga cheia, o sono atacou mais cedo do que é habitual. Para descansarmos e estarmos preparados para as noites de festa que aí viriam (as irmãs Joana e Mafalda vêm amanhã) deitámo-nos mais cedo.

Irmã Aninha, Irmão Xavi

terça-feira, 24 de julho de 2007

Vimieiro Dia 3

23/07/07

Não será de todo incorrecto afirmar que os nossos dias aqui no Vimieiro se iniciam sempre com um pequeno almoço de lorde. A Inês tem-se revelado uma cozinheira muito esmerada, quer com a elaboração da primeira refeição, quer com a do jantar (já vamos lá). Ovos mexidos com bacon ou salsichas acompanhadas por fatias de pão alentejano barradas com manteiga ou doce de morango caseiro (feito numa casa muito grande, por muitas pessoas) são alguns dos constituintes deste manjar de luxo.

Como era o último dia da Lena e do Bruno cá em casa e como tinhamos de os levar a Évora para apanhar o autocarro para Lisboa, decidimos passar o dia fora a fazer um passeio turístico por esta cidade branca como uma ermida. Como dizia Vergílio Ferreira: “Convergem para ela os caminhos da planície como o resto da esperança dos homens. E como a ermida, quem a habita é o silêncio dos séculos do descampado em redor. Conheço, dos seus espectros, a vertigem das eras, a noite medieva ainda nas ruas que se escondem pelos cantos, nas pedras cor do tempo ouço um atropelo de vozes seculares”. A caminho de Évora então (mas primeiro jogou-se um Buzz Mega Quizz).

Depois de deixar o Vimieiro atravessámos a planície árida do Alentejo a caminho do nosso destino. Avistámos o Aqueduto de Prata junto à muralha mas, antes de entrar, tivémos de dar três voltas à rotunda da demência (o Irmão Guerra tava a curtir bué as voltinhas). Primeira paragem turística: a Igreja de São Francisco para ver a Capela dos Ossos.


Por 10 minutos e tinhamos entrado na capela mas como parámos para cuidar de um passarinho moribundo... Feito o funeral num canteiro (ainda estava vivo) partimos em direcção ao templo de Diana, no entanto, sem deixar ver outros monumentos da cidade.

Foi aqui que fizémos umas belas figuras (o dia é longo e a noite promete) e tirámos muitas fotografias.





Ao terminar a jornada, parámos para comer uns caracóis ao som dos tragos refrescantes de uma imperial bem tirada (e algumas coca-colas) enquanto que os Irmãos Guido, Guerra e Nuno foram às compras à Pull & Bear de Évora. Após o término deste excelente repasto, deixámos a Lena e o Bruno no terminal de autocarros e partimos em direcção ao mercado abastecedor da nossa casinha: o Modelo.

Como estamos de férias e não há horários a cumprir, os nossos jantares iniciam-se cada vez mais tarde. À hora de ir dormir estavámos a começar a comer uns bifinhos com cogumelos feitos pela mãe Inês e para terminar tivémos um bolão de chocolatão muito bom, feito pela Aninha. Suspeita-se que algo estava de errado no molho dos bifinhos ou com arroz, pois coisas muito estranhas se passaram durante este jantar. Foi eleito símbolo da irmandade uma espátula de cozinha: um adereço de autoridade impressionante (a juntar àquela vozinha grave bastante teatral).

Iniciámos o serão com o Singstar e as equipas eram as seguintes: a equipa dos rouxinóis constituída por Matos, Pi, Guido e Inês (a elevar o nível musical da equipa) e a equipa dos quase-cantores Inokas, Aninha, Guerra e the-voice-quase-bee-gee Xavi. Com o avançar da noite já lá iam muitos BLC e caipiroscas pois era noite de bar aberto para elas, mas atenção!!!, podia-se acabar o gelo. Sr-parte-gelo Varatojo esteve sempre com um pé no karaoke e outro na cozinha a controlar ali o frigorífico. Ouviram-se clássicos dos anos 80, Bonnie Tyler e George Michael, e os mais recentes LeeAnn Rimes e Scissor Sisters. Do abuso!


No entanto, ponto alto da noite foi quando o quarteto fantástico se reuniu de microfone na mão e, segundo a Aninha, assassinou a música “You Give Me Something” do James Morrison. Ouvindo as súplicas para parar, ganhámos novo alento e desafinámos ainda mais! Foi um espectáculo!

Tivémos quase quase a terminar a noite na piscina mas tava um bocadinho fresquinho. O dia estava já a nascer e decidimos ir para a cama. Amanhã teríamos um novo dia pela frente.

Irmão Xavi