25/07/07
Mais um dia na piscina, mais um dia bem passado. Desta vez ocupámos o nosso escasso tempo livre com a realização de mais uma curta-metragem, um remake muito mau de um filme não menos bom. Dá para ver pela imagem que falamos de “Free Willy” (1993) e, desta maneira, quisémos prestar a nossa devida homenagem a tão grandioso filme de levar toda uma plateia às lágrimas.
Os papéis foram atribuídos por mero acaso a um rol de actores que puseram toda a sua dedicação neste pequeno filme caseiro: o papel de domador de baleias ficou para o Irmão Pi, o de amigo da baleia para o Irmão Xavi e os restantes contribuíram como público muito exigente de um zoomarine com condições que desrespeitavam os direitos dos animais.
A curta pode ser resumida da seguinte forma: a orca Willy, maltratada pelo seu treinador, fica muito nervosa e não consegue realizar os movimentos artísticos que lhe são pedidos. No meio da plateia, um jovem de aparência duvidosa, movido por um acto de compaixão, atira-se para dentro do profundo tanque de cloro para consolar a afável baleia. Se ela não fizesse um dos seus malabarismos humilhantes não teria patê de sardinhas para o jantar. Sentido o apelo de ter um refeição nessa noite, a orca Willy atirou a sua honra para o fundo e, sujeitando-se a umas palmadas no lombo dadas pelo tratador, realizou um salto de elaborada dificuldade. Na cena seguinte, ouvem-se os choros das baleias suas familiares e percebe-se que a orca Willy está muito triste com o cativeiro em que vive. Por não ter muitos amigos, o jovem voluntarioso que se tornou amigo da baleia vai fazer com que esta salte um pontão de incrível extensão e largura para poder fugir para o alto mar. Este é o climáx do filme e também o final.
Podemos concluir que, como experiência, esta curta é bem capaz de um dia ganhar um Razzie. Ficamos à espera.
Após esta desgastante actividade, deliciámo-nos com mais um dia de abrasivo calor alentejano. Fizémos as palermices do costume e, desta vez, os Irmãos Xavi e Guerra foram apanhados numas poses deveras cómicas: o primeiro parecia o Mitch BomCanhão da série Marés Vivas e o segundo um verdadeiro campónio a quem só faltava uma palha na boca.

Durante o dia, ao som da música dos Thievery Corporation, todos ocuparam o seu tempo de maneira diferente. Há quem leia, há quem jogue um PES nas horas de maior calor ou há quem simplesmente fique a torrar ao sol à conversa, portanto, foi mais um dia na piscina, mais um dia bem passado.
À noite, era dia de novo churrasco. O nosso filme inspirou-nos a comprar umas sardinhas e umas douradas para o jantar, tarefa que foi entregue ao Irmão Matos e à Irmã Inês. Juntamente com as sardinhas, vieram as mais recentes aquisições para o nosso grupinho dos Inúteis: directamente de Lisboa, foram bem recebidas e alojadas as Irmãs Mafalda e Joana. A perigosa tarefa de dominar um dos quatro elementos da natureza foi entregue ao Irmão Fósforo-Mestre Varatojo. A acompanhar as sardinhas tivémos batata cozida e salada mista com pimento assado. Foi comer até não poder mais.
Ao serão, enquanto as Irmãs ficaram a divertir-se no SingStar, decidimos ir dar uma volta pelo Vimieiro em busca de um café. Pelo caminho fomos abordados por um saloio rude do campo que, querendo entabular conversa, nos relatou as suas experiências em Lisboa: na cidade de prédios enormes e onde a confusão impera (tinha estado na Cova-da-Moura e em Chelas, o que não é de admirar), tinha saído e divertido-se na discoteca Kadoc. Também tinha o estranho hábito de, enquanto nos guiava pelas ruas desertas do Vimieiro, dizer “virem aqui à esquerda” enquanto virámos sempre à direita.
De volta à casa, terminámos a noite a jogar um calminho jogo do Lobo e um Party&Co. Chegámos à conclusão de que a festa de despedida seria no dia seguinte.

Irmão Xavi